quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Evolução do enxame no interior de uma colmeia Top Bar

Nunca um tipo de colmeia me causou tanto entusiasmo como a Top Bar. É o rápido desenvolvimento do enxame; é a velocidade com que as abelhas constroem novos favos a partir do zero; é a docilidade do enxame - para a qual a colmeia parece contribuir em muito grande parte - e, acima de tudo, é a eliminação da necessidade de se adquirir e armazenar alças com cera puxada, durante o Inverno, de substituir ceras, de substituir o arame e reparar quadros, é... é FANTÁSTICO, acreditem!
Em Julho, tive uma visita do Bruno Terêncio, formador em apicultura, e proporcionei-lhe uma visita ao apiário, durante a qual ele tirou as seguintes imagens, que mostram vários dos estádios de desenvolvimento dos favos de uma colmeia Top Bar, à medida que nos vamos aproximando do interior da zona de cria. Vale a pena ver com atenção.


Um dos primeiros favos, com mel.

Primeiro favo com criação, ainda por opercular. 
O favo seguinte, também com criação recém-operculada.

No favo seguinte, podemos ver a postura, muito regular.

Este já pode ser considerado um favo Top Bar maduro típico, em que, no mesmo favo, encontramos criação de obreiras, em várias fazes de desenvolvimento, com alguns alvéolos de zangãos à mistura, e alguma armazenagem de mel e pólen, deixando de apresentar a postura regular dos favos mais novos.

A mesma situação neste favo, mais desenvolvido, ainda.
E um favo do interior da zona de postura, que se aproxima do seu máximo potencial.
 

Uma técnica comum no maneio Top Bar, é a intercalagem de ripas vazias entre outras, já preenchidas.

O interior da Top Bar. Uma vantagem desta colmeia é que, ao abrirmos, evitamos que a luz penetre, simultâneamente, na generalidade dos favos, afectando, apenas, aqueles imediatamente anexos à área aberta.

Um agradecimento ao Bruno, pelas imagens, e pela sua qualidade, que nos permite ficar com uma boa ideia de como evoluem enxame e favos, no interior desta colmeia fantástica.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mais um TimberJig no Alentejo

O Pedro Gamito, de Cercal do Alentejo, que participou no Workshop sobre serrações portáteis, em Sintra, adquiriu um TimberJig, da Logosol, e enviou-nos algumas imagens do equipamento em acção.
 
O Pedro usou o TimberJig, que, com a motosserra, se transforma numa serração portátil, para transformar um castanheiro em peças de madeira para um dos seus projectos preferidos: quem não gostaria de passar umas férias de Verão aqui?

O Pedro, que tem mão para trabalhar com o metal, construiu o seu próprio Big Mill Basic, cortando uma longarina à medida e usando uma barra de acrílico.
 
Nota: o Pedro fez questão de frisar que a árvore estava praticamente morta, e teve que ser abatida! Uma utilização nobre para este castanheiro, no fim da sua vida!
Parabéns, Pedro!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Logosol World Meeting 2013

A cada dois anos, os representantes da Logosol, pelos vários países do Mundo, encontram-se na casa-mãe da marca, em Härnösand, no Norte da Suécia. Este ano a TimberBee teve a honra de representar Portugal neste encontro de, acima de tudo, entusiastas desta marca de equipamento que nos permite retirar o melhor da madeira, com um menor impacto ambiental.

Entre workshops, reuniões e muita confraternização com colegas de outros países, foram apresentados alguns produtos novos da Logosol, e outros, que foram, recentemente, alvo de alguns melhoramentos de relevo.

O Erik Svensson, engenheiro e designer da Logosol, demonstra uma das novidades: a serra eléctrica Logosol E8 Speed Saw.

A nova serra eléctrica E8 Speed Saw, que pode ser usada com as serrações portáteis Logosol M8, M5 e Wood Worker's Mill, é capaz de serrar com maior rapidez do que a sua predecessora, e com maior economia energética.

A recém-melhorada serração portátil Logosol Norwood LM Pro HD36, equipada com serra de fita, agora, capaz de serrar toros até 90 cm de diâmetro, a par de muitos, muitos outros, melhoramentos que a colocam em pé de igualdade com equipamentos da competição, muito mais caros!

O colega Volkert Hummel, da Logosol na Alemanha (Bad Saulgau - Baden Wurtemberg , transforma um toro, de boa dimensão, em tábuas, usando sua serração favorita: a LM Pro.

O Walter, também da Logosol na Alemanha, serra um toro com a nova Logosol Norwood LM29, que sucede à LM26, e que passa a poder lidar com toros até 72,5 cm de diâmetro, produzindo tábuas até 60 cm de largura. Ao fundo, pode ver-se o Mar Báltico.

O robot afiador de serras de fita Logosol Grindlux.

E o robot afiador de correntes de motosserra, desenvolvido pela Logosol em colaboração com a Markusson Development, equipado com o novo disco diamante, capaz de afiar melhor e que dura, e dura, e dura (e não tem que ser retocado periodicamente!)

O novo showroom da Logosol, na Fiskaregatan 2, em Härnösand, no Norte da Suécia, onde se pode encontrar grande parte da gama de produtos Logosol, bem como algumas das marcas por si comercializadas.

No exterior, Bengt-Olof Byström, fundador da Logosol, demonstra a nova SH410, uma máquina multifuncional, muito ao estilo da Logosol: é plaina, molduradora e serra de recorte, e pode ser tudo isso ao mesmo tempo!

Algumas das peças criadas com a SH410 - neste caso, forro em pinho nórdico, para o interior de uma habitação. Com certeza ficará lindíssimo, pintado com as características pinturas escandinavas, semi-transparentes, que deixam ver as fibras da madeira.

Nesta imagem, o meu amigo Adilson Leite, do Brasil, experimenta a nova C210, uma máquina para alinhar tábuas até 3,85 cm de espessura, até uma largura de 21 cm.

Nesta imagem, o Malte Frisk, CEO da Logosol, conversa com Dave Sharp, da Norwood, a empresa canadiana que fabrica a LM Pro e a ML29, enquanto, atrás, a multi-serra Logosol Laks transforma um toro em várias vigas, com uma só passagem.
Lamentavelmente, alguns dias mais tarde, Kalle Laks, o criador desta máquina, que pode ser visto, ao fundo, na imagem, perdeu a vida, enquanto passava férias em Espanha.

Bo Mortenson, construtor da Logosol MF30, demonstra as capacidades desta tupia fenomenal, provavelmente a mais versátil existente no mercado.

Balanço da semana: foi uma semana extremamente interessante, em que se aprendeu imenso, se conheceu melhor esse país fenomenal que é a Suécia, e se fez novos amigos.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Darren Doherty, serrando com a Logosol M7

Neste vídeo, o meu professor de Agricultura Regenerativa, Darren Doherty, usa uma Logosol M7 para obter tábuas de um cedro, na propriedade "Taranaki Farm", em Victoria, Australia.

Se serve para o Darren, serve para mim! ;-)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Foi assim o Workshop sobre colmeias Top Bar

Quando a Laura Williams, do Projecto Vida Desperta me sondou no sentido de aferir da viabilidade de organizar um Workshop sobre colmeias Top Bar com o apicultor e autor americano, Les Crowder, a minha resposta foi, logo, "podes contar comigo!"
Quando a realização do workshop se confirmou, reuni um grupo de 6 amigos que, no dia 20 de Setembro, se juntaram a mim, e lá fomos até à Quinta da Misarela, em Benfeita, Arganil, para aprender mais um pouco, da boca deste experiente apicultor.

A aula decorreu no exterior, num espaço muito agradável, como se pode ver na imagem, junto ao ribeiro que atravessa a quinta. Encontrámos muitas caras conhecidas, fizemos novos amigos e, em alguns casos, pudemos, finalmente, associar uma cara a uma voz, ou a alguns e-mails trocados tempos atrás.

Acima de tudo, Les Crowder mostrou-se um comunicador nato, perfeitamente ciente da matéria de que falava.

Les Crowder revelou uma experiência ímpar, de muitos anos, na utilização deste tipo de colmeia, com resultados muito interessantes.

Há vários modelos Top Bar. Este foi construído pelo Marko Maitz, com base no modelo desenvolvido por Phil Chandler.

No apiário, onde existem várias colmeias Top Bar. Na imagem, uma experiência do Marko com a colocação de uma alça.

Como a colmeia Top Bar não utiliza quadros, onde a cera é fixa através de arames, usando, antes ripas a partir das quais as abelhas constróem o seu favo, é necessário cuidado no manuseamento dos favos.

Sim, esta é a maneira mais segura de os manusear. É de evitar fazê-lo nos dias de maior calor, pois será muito fácil partir um favo onde poderá existir, por exemplo, criação. Sei do que falo, acreditem!

Um aspecto da aula, no apiário.

É assim que o Les Crowder colhe o mel das várias centenas de colmeias que gere. Em Portugal, como na maioria do Mundo Ocidental, fazemos a cresta uma ou duas vezes ao ano, tratando, em alguns casos, milhares de quilogramas de mel de uma só vez. Les divide esse esforço ao longo do ano, recolhendo, em cada vizita que faz a uma colmeia, o mel que pode ser recolhido, sem precisar de preocupar com a gestão das alças e quadros que se esvaziam na cresta, nem com extractores, ou mesmo prensas para opérculos, obtendo e comercializando o seu mel muito antes do que a maioria dos outros apicultores, e obtendo, muito facilmente, méis monovarietais de elevado valor acrescentado.
No apiário da Quinta da Misarela existem, igualmente, dois outros tipos de colmeia frequentemente utilizados em apicultura naturalista, como a colmeia Warré (à frente) e a colmeia Perone (atrás), usada em permapicultura.
 
As Warré, clássicas.
Uma colmeia Perone II, enorme. De notar as 3 alças, o único espaço que é violado pelo apicultor.

Permapicultura na Misarela.
 
Também tivemos a oportunidade de apreciar as belas hortas existentes na Quinta da Misarela, desenvolvidas pela Laura e pela Annelieke van der Sluijs, e onde, nos dois dias seguintes, decorreu um workshop sobre horticultura permacultural.

Enquadramento da quinta na Serra do Açor, com os dois simpáticos burros que lá vivem em primeiro plano.

Saldo do dia: valeu a pena o investimento e a deslocação até Benfeita e à Quinta da Misarela? Se valeu! A minha experiência pessoal com as colmeias Top Bar, com as quais só tive, até à data, alegrias, abriu-me as portas a um tipo de apicultura mais limpo, mais agradável, descontraído, e, acima de tudo, mais amigo das abelhas. Este workshop veio validar essa impressão.

Agradeço à Laura e ao Marko, por terem organizado este workshop, aos amigos que me acompanharam nesta aventura, pelos momentos bem passados, e ao Les Crowder, por me ajudar a confirmar que este é o método de apicultura que desejo seguir.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Timberjig no Alentejo

O nosso cliente António Copio, de São Luís, Odemira, enviou-nos estas imagens, em que documenta a sua primeira experiência com o Timberjig, da Logosol.

O Timberjig é um adaptador que permite transformar a nossa motosserra numa serração, e produzir tábuas, barrotes ou vigas, que poderão ser utilizados para, por exemplo, construir um anexo, ou uma habitação.

A primeira prancha. De notar, atrás, junto à motosserra, a tábua-guia que o António usou, anteriormente, para apoiar o Timberjig e fazer os primeiros cortes no toro.

Depois do primeiro e segundo cortes, criado o ângulo de 90º, podemos usar o Timberjig sem necessidade da tábua-guia, apoiando-o, simplesmente, nas duas superfícies que formam o ângulo recto.
 
O Timberjig é uma ferramenta bastante económica, que nos permite obtermos as nossas próprias tábuas (ou outras peças em madeira) directamente da floresta, com um mínimo de perturbação ou impacto ambiental. Pode ser usado com qualquer modelo de motosserra, desde que seja potentes e possua dois parafusos para fixação do sabre.

As capacidades do Timberjig poderão, no futuro, ser ampliadas com a adição de outros componentes Logosol, para formar equipamentos mais complexos, como o Big Mill Basic ou o Big Mill LSG.

O António Copio pretendia, precisamente, uma ferramenta económica que lhe desse a flexibilidade para obter o material para trabalhar na sua carpintaria, e, por essa razão, contactou a TimberBee, recebendo, dias depois, o seu Timberjig em sua casa. Se residir na região de Odemira e desejar contractar os serviços do António, pode encontrar o seu contacto na comunidade de utilizadores portugueses de equipamentos Logosol "Descubra um proprietário de um equipamento Logosol perto de si".

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vantagens inesperadas...

ou não tão inesperadas assim...
Hoje aproveitei o feriado para tratar de actualizar algumas coisas na página da TimberBee e, num momento de descanso, sentei-me a observar as abelhas na sua labuta diária. É bastante terapêutico, acreditem! Quando paro para observar as abelhas, aproveito, sempre, para analisar como a colmeia (TimberBee) se está a portar. A chuva recente permitiu-me aperceber de como algumas das inovações que introduzimos na colmeia Lusitana funcionam mesmo bem...
 
Um delas é a maneira como as asas inclinadas contribuem para afastar a água da chuva das paredes de madeira. Abaixo da asa, tudo sequinho...
 
Outra é a maneira como a alça assenta com perfeição no ninho, evitando que as abelhas gastem mais tempo a propolizar a união ninho-alça, e que o apicultor tenha que empregar mais esforço durante as inspecções à colmeia. Já abri esta colmeia várias vezes, e nunca encontrei própolis entre os dois elementos!
O mesmo não acontece com a união com a alça de cima, pintada com tinta de areia, que é constantemente propolizada pelas abelhas, obrigando a usar a ferramenta de apicultor cada vez que tenho que a separar.

Outra inovação que funciona muito bem é a mola de pressão que une o ninho ao estrado, permitindo a substituição rápida, se necessário.

São pequenos detalhes que contribuem para criar um produto melhor... acima de tudo, a grande vantagem é a qualidade do ambiente interno que proporciona às abelhas, e a ajuda que proporciona à coluna do apicultor. Continuo a ter que arcar com as colmeias antigas que temos, e a diferença entre trabalha com uma colmeia convencional e uma colmeia TimberBee é abissal...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O que é feito da super-colmeia?

Ei-la, já povoada, algures num belo apiário, no Algarve.
Segundo o Jorge Duarte (a.k.a. Abelha Algarvia), ao fim de alguns dias já tinha 16 quadros de criação!

O objectivo destas super-colmeias é conseguir-se uma grande quantidade de abelhas-amas, para, com elas, se povoarem núcleos e nucléolos, que serão completados com rainhas ou alvéolos reais.

Curiosamente, a colmeia do fundo parece ter um estrado económico TimberBee, que o Jorge tinha encomendado, préviamente.

Um belo apiário! Ficamos à espera de imagens que ilustrem o interior desta colmeia!

Um muito obrigado da TimberBee ao Jorge Duarte, por nos ter enviado estas imagens e por nos manter informados acerca do desenvolvimento deste seu projecto!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

TimberBees em Espinho

Como já aqui disse, é sempre um grande prazer poder ver as colmeias TimberBee povoadas de abelhas e em operação, fomentando a biodiversidade e ajudando a criar prosperidade.
Estas imagens ilustram algumas colmeias e componentes TimberBee, em operação no apiário do amigo Jean-Pierre, em Espinho.

O Jean-Pierre trabalhando com as suas abelhas. Onde está a máscara? Onde estão as luvas? Onde está o fato? Uma das primeiras alças TimberBee pode ser vista entre uma Lusitana convencional e uma alça emalhetada.

Uma Lusitana TimberBee, após ter sido intervencionada. "Por vezes", diz o jean-Pierre, as abelhas vêm tão carregadas que falham a aterragem. Com esta pista, será difícil falharem!

Esta colmeia Warré apenas espera um enxame nú que a povoe.
A vista mostra-nos a parte de trás da colmeia, que, neste caso, em especial, possui janelas que permitem espiar o interior.